No limite do silêncio análise à luz dos pressupostos da Gestalt-Terapia
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Resumo
Este artigo é uma análise à luz dos aportes teóricos da Gestalt-Terapia do filme “No Limite do Silêncio”. A problemática trata das causas motivacionais e das causas precipitadoras de um suicídio e da tentativa de outro, além de apresentar os mecanismos neuróticos ou os ajustes criativos vivenciados por duas personagens e pelo psiquiatra no filme. As causas motivacionais e as causas precipitadoras das tentativas e das mortes autoprovocadas não se confundem, as primeiras são multifatoriais e mais complexas, as segundas são as mais visíveis, as mais evidentes, as que mais se destacam quando da ocorrência do ato. É a chamada prova da decisão que culminou com o ato. Os pesquisadores que balizam a análise são: Silva (2009), Aragão Neto e Oliveira (2008), Perls (1988), Kiyan (2006), Ribeiro (2007), Caselatto (2002), Kübler-Ross (2003), Fukumitsu e Scavacini (2013), dentre outros. O método é qualitativo/interpretativo, tendo como foco as relações entre as personagens, cujos resultados se encaminham para a necessidade de se conhecer e se compreender o ato suicida, além dos mecanismos neuróticos postos em prática pelos personagens na tentativa de minimizar o sofrimento psíquico. O conhecimento do tema pelos profissionais envolvidos com a temática e a prioridade no atendimento às vítimas são primordiais para que os danos e traumas decorrentes do suicídio e de suas tentativas sejam, pelo menos, minimizados.
(Imagem de Stefan Keller por Pixabay)
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