Mulher-Maravilha: a subversão do feminino nos quadrinhos das décadas de 1940-1950

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Ana Kelma Cunha Gallas

Resumo

Este artigo constitui-se num estudo teórico realizado através da metodologia de revisão de literatura, com o intuito de analisar o impacto da personagem “Mulher-Maravilha”, criada em 1941 pelo psicólogo norte-americano William Moulton Marston, na conservadora sociedade norte-americana de sua época. O objetivo deste artigo é discutir teoricamente acerca das contribuições que essa personagem trouxe para o movimento feminista no final da primeira onda, bem como discorrer sobre as opiniões formuladas a respeito da personagem, levando em consideração a ideação sobre as mulheres, na perspectiva patriarcal. Para discutir essa personagem, que assegurou um lugar para a mulher no panteão dos principais heróis da editora DC Comics, leva-se em conta uma reflexão teórica acerca dos papéis sexuais prevalentes nas décadas de 1940 e 1950 nos Estados Unidos. A partir de autoras feministas como Simone de Beauvoir ([1949], 1970) e Catharine A. MacKinnon (1983), discute-se a objetificação do corpo feminino e a emancipação feminina na concepção da personagem Mulher-Maravilha.


Imagem de Markus Baumeler por Pixabay.

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Como Citar
GALLAS, A. K. C. Mulher-Maravilha: a subversão do feminino nos quadrinhos das décadas de 1940-1950. Journal of Social Sciences, Humanities and Research in Education, v. 3, n. 2, p. 21-29, 31 dez. 2020.
Seção
Artigo
Biografia do Autor

Ana Kelma Cunha Gallas, Centro Universitário Santo Agostinho - UNIFSA

Doutoranda em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Mestre em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Piauí (2011-2013). Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Piauí (1993). É pós-graduada em Imagem e Publicidade (UFPI, 2002); em Docência do Ensino Superior (UNIFSA, 2007) e em Gestão em Comunicação Corporativa (UFPI, 2008). Atualmente é professora de Antropologia no Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA), onde participa, como orientadora, de Projetos de Pesquisa PIBIC-PIVIC (UNIFSA). Organizadora executiva da Semana Científica do UNIFSA, desde 2003. É membro da Coordenação Editorial da Revista FSA, desde 2003. Coordenadora do Projeto de Extensão "Um Olhar sobre a Diversidade: discutindo corpo, sexo e gênero no espaço universitário" (desde 2015). Integra desde 2011, o Grupo de Pesquisa CNPq, Sexualidades, Corpo e Gênero - SEXGEN (Universidade Federal do Pará - UFPA), e o COMGENERO (Universidade Estadual do Piauí), que desenvolve estudos acerca dos temas das culturas sexuais, das identidades homossexuais, da construção social do gênero, da diversidade sexual, entre outros. Roteirista do filme "Flor de Abril" (2011) e Supervisão de Roteiro do curta metragem "Onde moram os cavalos marinhos" (2017). Autora do romance "Espelhos e Miragens" (Ed.Viraletra), premiado na categoria literatura do 18º Prêmio Cidadania em respeito à diversidade, da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Participou das coletâneas "Elas Contam" (2006), da Ed. Corações e Mentes (SP), e do [in]contadas, da Ed. Vira Letra (SP).

Referências

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