Mário Faustino e poesia - experiência diálogos com o jornalismo

Main Article Content

Bruno Leonardo Rios Oliveira

Resumo

São pouco conhecidos os discursos e atuações da escrita militante de Mario Faustino, como jornalista entre os anos de 1956 a 1959, na página do Jornal do Brasil, conhecida como “Poesia-Experiência”. Os textos publicados nesse período revelam um Mário Faustino que estabelece diálogos vívidos com a marginalidade contestatória trazida pela Vanguarda poética, ao tempo em que criticava os poetas consagrados de seu tempo. Problematizando as repercussões da página “Poesia-Experiência” e sua originalidade dialógica na intertextualidade poética-histórica, este trabalho pretende discutir a perspectiva pedagógica de Mário Faustino tanto como jornalista quanto como crítico literário, ressaltando, por outro lado, as suas discordâncias com o conservadorismo poético, na situação do intelectual brasileiro no pós-guerra, na figura de Meireles, Bandeira e Drummond. Cada momento de sua trajetória na imprensa revela, ainda, as várias identidades intelectuais assumidas por Mário Faustino, do seu início, na imprensa do Pará, em 1948, que vai culminar, mais tarde, na sua empreitada mais original no suplemento encartado no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil (SDJB). Este trabalho utiliza-se da revisão crítica e dialética como metodologia, usando de fontes secundárias. Assim, o objeto de estudo foi investigado por meio da análise bibliográfica, discutindo teorias que abordam campos como a historiografia e a crítica literária no segmento do jornalismo cultural brasileiro dos anos de 1950, gerando assim uma compreensão dialética do tema.


(Imagem Mario Faustino Youtube)

Downloads

Não há dados estatísticos.

Article Details

Como Citar
OLIVEIRA, B. L. R. Mário Faustino e poesia - experiência: diálogos com o jornalismo. Journal of Social Sciences, Humanities and Research in Education, v. 1, n. 2, p. 76-81, 15 dez. 2018.
Seção
Artigo
Biografia do Autor

Bruno Leonardo Rios Oliveira, Centro Universitário Santo Agostinho - UNIFSA

Graduação em Licenciatura Plena em História pela Centro Universitário e Faculdades Maurício de Nassau-UNINASSAU. Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA).

Referências

BARTHES, Roland. O grau zero da escrita. São Paulo: Martins fontes, 2000.

BOURDIEU, Pierre. O poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

CERTEAU, M.de. A invenção do cotidiano: 1, artes de fazer. Petrópolis: vozes,1994.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes,1983.

EISENSTEIN, Serguei. O princípio cinematográfico e o ideograma. In Campos, Haroldo de (org.) Ideograma, lógica, poesia, linguagem. São Paulo: editora da universidade de São Paulo, 2000, p. 149-166.

FAUSTINO, Mário. Artesanato de poesia: fontes e correntes da poesia ocidental/ Mário Faustino: pesquisa e organização de Maria Eugênia Boaventura. São Paulo: Companhia das letras, 2004.

FAUSTINO, Mário. De Anchieta aos concretos/ Mário Faustino: pesquisa e organização de Maria Eugênia Boaventura. São Paulo: Companhia das letras, 2003

FAUSTINO, Mário. Uma biografia. Lilia Silvestre Chaves. Belém: Secult, iap; apl, 2004.

NUNES, Benedito (org). Poesia–Experiência. São Paulo: Perspectiva, 1977.

SOUZA, Eneida Maria. Mario Faustino - um ensaio biográfico. Tese (Doutorado em Estudos Literários) - Universidade Federal de Minas Gerais, 2004.