Mussum e o Racismo Recreativo: um estudo de mass media nas décadas de 1970-1980
Sinopse
Esta obra, derivada de uma dissertação de mestrado, analisa a representação do personagem Mussum, de “Os Trapalhões”, nas décadas de 1970 e 1980, período de redemocratização e transformação cultural no Brasil. O estudo investiga o paradoxo entre a popularidade do humor trapalhão e a perpetuação de estereótipos racistas, sob a ótica do Racismo Recreativo, conceito desenvolvido por Adilson Moreira. A comédia, aparentemente inocente, é entendida como mecanismo de poder que naturaliza hierarquias raciais. A figura de Mussum – com sua linguagem singular, associada à malandragem e ao consumo de álcool – é analisada como um arquétipo colonial reciclado. A obra incorpora ainda o conceito de Inconsciente Colonial-Capitalístico (ICC), de Suely Rolnik, para explicar como o racismo se inscreve no imaginário social e no riso. Conclui-se que o humor racializado não é mero entretenimento, mas tecnologia de dominação que exige questionamento e desconstrução.
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